sexta-feira, agosto 05, 2016

Botando a cabeça pra funcionar nº14


Muitas vezes perdemos algo, talvez até a melhor parte das coisas
 quando pensamos que a vimos direito. 
Analisamos até abruptamente e de incontinente a julgamos!
O que vemos aqui? Um antagonismo:  dor e prazer.
Dor dos arranhões do arame e prazer ao vislumbrarmos o outro lado conquistado.
Cresci rodeada de arame farpado, de arranhões na pele, rasgos nas roupas e não havia coisa melhor, verdadeiro deleite,
 após chuva forte, sairmos em disparada para bebermos a gotinha 
da chuva que ficava entremeada naquela 
espécie de florzinha do arame farpado.
Quantas recordações vieram-me à mente com essa imagem!
Assim que vi, meu olhar se deteve nos buraquinhos do mourão e de como seria difícil passar o arame dentro dele. Só depois vi que nos buraquinhos do mourão, só o arame lisinho passava e o farpado, do lado de fora como que vigiando.
Assim vivemos com nossos arames lisinhos a nos proteger e o farpado a nos vigiar.


Uma gostosura estar novamente AQUI!
Bem vinda, Chica e que possamos estar sempre por aqui
 participando e botando nossa cabeça pra funcionar!
Derrame Deus todas as bênçãos  ao Rio de Janeiro nesse acontecimento onde povos do mundo todo se encontram num momento de paz e união.
Meu forte abraço!

8 comentários:

  1. Maria Luiza, peguei saindo do forno tua publicação!

    Linda reflexão fizeste e gostei das tuas lembranças. Não deves ter sido santinha,rs...Acho que foste bem arteirinha,rs... Mas quem não deixou roupas e peles penduradas nos arames farpados das cercas? Acho que as crianças atuais não o fazem ,pois oportunidades não tem. Obrigadão ! beijos,tudo de bom, levei teu link! chica

    ResponderExcluir
  2. Oi Maria Luiza!
    Amei tua reflexão!
    Eu me lembrei também de quantas e quantas vezes
    passei correndo pela cerca de arame farpado,
    fugindo de alguma vaca brava, ou indo atrás de frutas no pasto.
    Ali deixando pedaço de roupa, e pele dos arranhões!
    Mas sem desistir!
    Um grande abraço, e um bom fim de semana!
    Mariangela

    ResponderExcluir
  3. Oi Luíza gostei desta viagem que fez com belas lembranças da infância livre e alegre.
    Sei que vivi muito isto, o arame farpado era por todo lado e com arte nós meninos passávamos entre eles para os laranjais e pomares de meu interior, bem como sabíamos que ele era o único respeito que os bois bravos de lá tinham, então era correr e passar os arames que o boi não passava.
    E com os arranhões cá estamos firmes e fortes.
    Um abração com carinho e um bom fim de semana com paz e alegrias.
    Bju.

    ResponderExcluir
  4. Boa tarde Maria Luiza,
    Texto magnífico recordando os arames farpados da infância.
    Também rasguei os meus vestidos e me aleijei neles muitas vezes!
    Tempos que já não voltam, mas que nos dão saudade, não é?
    Um beijinho e bom fim de semana.
    Ailime

    ResponderExcluir
  5. Boa Tardinha, querida Luísa!
    Que dleite para a leitura dessa hora!
    Gostei muito de ver suas arteirices infantis...
    Nos arranhões, nos esvaziamos da prepotência...
    Nas ultrapassagens, abrimos horizontes...
    Tudo é crescimento, enfim!
    Bjm muito fraterno

    ResponderExcluir
  6. Bem observadora! do mourão
    arame liso, arame farpado
    e quantas recordações bonitas!
    O arame farpado trouxe leveza nas recordações
    e nas suas escritas!
    bjs

    ResponderExcluir
  7. Olá Maria Luisa,
    Primeiramente não consigo comentar no seu outro blog, não sei o motivo.
    Gostei muito de conhecer um pouquinho da sua infância através desse texto.
    Que o Senhor proteja a nossa nação não só nesse período, mas em todos os dias.
    Grande beijo e um ótimo final de semana.

    ResponderExcluir
  8. Maria Luiza,

    Como sempre suas palavras encantam pela sinceridade.
    Viver não é fácil...
    Sofremos arranhões leves e até profundos, não é mesmo?
    Mas a vida é muito mais do que isso! Ela tb é feita de belas flores!

    Lindo finde com muita paz!

    Bjks

    ResponderExcluir

"O espírito se enriquece com aquilo que recebe, o coração, com aquilo que dá" (Vitor Hugo)
Assim sendo, peço-lhe que me dê a alegria de ler seu comentário. Obrigada! Beijos!