sábado, abril 02, 2011

REFLETINDO PABLO NERUDA




Quem morre?

Morre lentamente

quem se transforma em escravo do hábito,
repetindo todos os dias os mesmos trajetos, quem não muda de marca
Não se arrisca a vestir uma nova cor ou não conversa com quem não conhece.
Morre lentamente
quem faz da televisão o seu guru.



Morre lentamente
quem evita uma paixão,
quem prefere o preto no branco
e os pingos sobre os "is" em detrimento de um redemoinho de emoções,
justamente as que resgatam o brilho dos olhos,
sorrisos dos bocejos,
corações aos tropeços e sentimentos.

Morre lentamente
quem não vira a mesa quando está infeliz com o seu trabalho,
quem não arrisca o certo pelo incerto para ir atrás de um sonho,
quem não se permite pelo menos uma vez na vida,
fugir dos conselhos sensatos.


Morre lentamente
quem não viaja,
quem não lê,
quem não ouve música,
quem não encontra graça em si mesmo.




Morre lentamente
quem destrói o seu amor-próprio,
quem não se deixa ajudar.
Morre lentamente,
quem passa os dias queixando-se da sua má sorte
ou da chuva incessante.


Morre lentamente,
quem abandona um projeto antes de iniciá-lo,
não pergunta sobre um assunto que desconhece
ou não responde quando lhe indagam sobre algo que sabe.



Evitemos a morte em doses suaves,
recordando sempre que estar vivo exige um esforço muito maior
que o simples fato de respirar. Somente a perseverança fará com que conquistemos
um estágio esplêndido de felicidade.


Texto: Pablo Neruda
imagens: da Net





14 comentários:

Vero Kraemer disse...

Maria Luiza querida, que lindooooooooooo!!!
Obrigada !!!
Beijosssss e umdomingo mará pra ti
Vero

Lucinha disse...

Maria Luiza,

Que lindo texto! Não quero morrer lentamente.rs
Nossa, as vezes nem paramos pra pensar nesses pontos.Pura verdade.
As imagens são encantadoras também. Parabéns!
Beijos

RUTE disse...

Adoro este poema de Pablo de Neruda.
Ainda noutro dia referi ele para a Sónia do Blog Portal.
É sempre bom relê-lo e reflectir.
Obrigada pela linda postagem.
Beijo e resto de bom domingo.
Rute

Anônimo disse...

Pablo Neruda..."Morre lentamente
quem não vira a mesa quando está infeliz"

As vezes e necessario se mexer assim agitando a vida pondo tudo no lugar e renovando!

Anônimo disse...

Maria Luiza, são tão belos e profundos os poemas de Neruda. Mesmo quando o assunto é triste, como são especiais os poemas dele...

tenha um bom domingo!

Fabiana Simone Torres Tardochi disse...

Oi minha querida:)
Que belo texto para fechar a noite. Eu sinto que tenho feito de tudo para não morrer lentamente e isso me conforta.
Beijos e uma ótima semana

ania disse...

Bom dia Maria Luiza...

Minha semaninha começou linda demais, lendo Lucinha e agora vc...adorei mesmo!

Bjos minha amiga e uma semana cheinha de alegrias prá vc!

ania disse...

Oiê Maria Luiza...vim deixar o link de mais um
blog meu...se puder, visite-me...
ficarei imensamente feliz!

www.sonetosemvarandasazuis.blogspot.com

beijos...

João Maria Ludugero disse...

Olá, Maria Luiza,
Boa tarde! Ótima semana!
Eu já estou aqui de mala e cuia, te seguindo.
Adorei seu espaço e já me tornei espaçoso, me sentei mesmo para preciar a beleza que traz o seu site, um cantinho maravilhoso! Que delícia é chegar aqui e não querer mais sair, esquecendo até do relógio... Que mundo mágico, que maravilha é viajar na poesia!
Felicidades, hoje e sempre.
Se puder,quando lhe sobrar um tempinho, passa lá no meu blog e, se gostar, me adiciona. Vou adorar sua visita. Já sou seu fã. Sempre que puder, vou estar aqui dentro. Hiper abraço.
João.

disse...

Que saudades...e vir aqui ler Neruda é bom por demais minha amiga. Amo essa pessoa maravilhosa que nos deixou tantos legados.
Cheguei amiga cheia de fá, paz no meu coração e muita esperança.
Obrigada por seu delicioso carinho.
Bjs muitos bjs pra ti.
Saudades!

disse...

Oie...eu de novo.
Só pra dizer que coloquei seu nominho no receitinhas e dicas em agradecimento. E pra dizer também que só não postei antes por que minha querida amiga A MÁQUINA DE LAVAR ROUPAS PIFOU (creio que foi a tempestade que desabou em Campinas na treça passada, dizem que foram mais de 1.200 raios no período de 90min de chuva, ventos e outras coisinhas) na casa de minha mãe queimou a televisão e os telefones sem fio. E por conta da minha QUERIDA AMIGA MÁQUINA DE LAVAR ROUPAS, pegueui uma dor nas costa daquelas, sabe como é os 56 já tá batendo forte...rsrsrsrs.
Beijos minha linda!

Bergilde disse...

Olá,Maria Luísa!Grandes verdades nas palavras inteligentes de Neruda aqui registrado nesse post.Somos vivos quando conseguimos dar um propósito positivo a nossa existência.
Abraços pra você!

Valéria disse...

Oi Maria Luiza!
Lindo!!
Pablo Neruda sabia das coisas e como dize-las. Estou numa fase Nerudiana, conheci agora as casas dele no chile( tá lá no meu blog) e fiquei apaixonada por sua vida e literatura.
Um dia escutei em um filme que não lembro o nome Que não devemos andar sempre de carrosel e sim nos arriscar nas montanhas russas, a vida é isso, morre quem se acomoda, precisamos está sempre reinventando o viver! Boa tarde!
Gostei muito de seu blog!

Misturação - Ana Karla disse...

Excelente reflexão!
As pessoas tem que se permitirem serem mais felizes.

Xeros

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