segunda-feira, junho 14, 2010

DOS QUE SE ANINHAM EM MEU CORAÇÃO

Ana Maria é uma delas. Chegou assim num repente e sem pedir licença, conversando pelos cotovelos, grávida de Elaíne, aninhou-se em meu coração. Lembro-me perfeitamente como se fosse hoje e ainda hoje ela continua lá aninhadinha em meu coração. Nossa amizade se estreitou, alargou e tomou conta. Naquele tempo eu não me dava conta do quanto ela me elogiava e com tanto gosto! Aliás, me incomodava. É que eu ainda não havia mergulhado em mim. Me desconhecia. Lembro-me  que foi  uma época linda de mocidade, frescor de sonhos realizáveis, canduras e inocências ao sabor de acontecimentos marcantes, famílias em construção. Solidez, segurança e esperança. Conduzíamos assim; sem temor e tremor. Os perigos não rondavam nossos muros, nossas grades. Havia tempo para trabalhar, para se visitar, tomar cafezinho e conversar. Como conversávamos! Houve o tempo da separação. A vida já se agigantava, já não conduzíamos somente, éramos conduzidas pelos atropelos, acontecimentos inesperados, mudanças. Continuamos nossas vidas longes, lost. E ela lá, sempre aninhadinha, num cantinho do meu coração. Muitos anos se passaram e nos reencontramos no aeroporto. Ana Maria embarcava Eneida para USA e eu embarcava Vanessa, também para lá. Depois ... lost, again. Aninha ainda aninhada, lá num cantinho do meu coração. Houve então um novo reencontro. Agora através desta máquina fantástica, no seu lado do bem. Que bom que o meu Deus amado, adorado e glorificado deu-me a chance de reencontrá-la e assegurar que a amizade que ela me dispensou foi por demais significativa, deixou marcas de momentos especiais e finalmente posso expressar-me com convicção e bastante firmeza que ela realmente foi e é muito importante na minha vida. Tenho certeza que ela soube se doar muito além do que eu consegui. É sua missão! Amigas crescidas, sofridas, mas amigas. Que delícia ter vc em minha vida! 

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